2000-2009: a década mais Quente

2000-2009: a década mais Quente

O Atlântico sobe 0’3º por Década

EFE


A década compreendida entre 2000 e 2009 foi a mais quente das que se tem registro até a data no Atlântico Norte, apesar de que o ritmo de aumento das temperaturas diminuiu na sua segunda metade, de acordo com informe do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO).

Este é um dos dados mais relevantes conhecidos hoje na segunda jornada do congresso científico sobre a mudança climática no Atlântico Norte do qual participam, em Santander, o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), a Organização da Pesca do Atlântico Noroeste (NAFO) e o IEO, organismo público dedicado à investigação em ciências do mar.

Num comunicado, o IEO assinala que a temperatura média do Atlântico Norte está crescendo a uma média de 0,3° C por década nas águas superficiais e de 0,2° por década nas águas situadas a 1.000 metros de profundidade. No entanto, nas zonas mais boreais o aquecimento é mais agudo e as temperaturas crescem quase 1° por década.

Os cientistas desse congresso, que ocorre na Espanha em sua terceira edição, após os ocorridos na Finlândia (1991) e no Reino Unido (2001), observaram, além disso, que o aquecimento do mar afeta, especialmente, o plâncton no Atlântico Norte.

Esse efeito se avalia em dois sentidos: por um lado, estão se produzindo mudanças na proporção das distintas espécies marinhas presentes nas águas; e por outro, há também mudanças na estrutura de tamanhos das comunidades planctônicas, aumentando a proporção dos organismos vivos menores, como as bactérias.

«Estas mudanças nos níveis de base da cadeia alimentar podem afetar o resto de tal cadeia, devido ao fato de que sucessivamente os seres vivos maiores se alimentam dos menores, até alcançar a totalidade dos organismos marinhos do Atlântico Norte, incluídas as espécies de intêresse pesqueiro», aponta o IEO.

 

EFE

Santander, 11 de maio de 2011