A.L. aumentou sua classe média em 50%
A.L. aumentou sua classe média em 50%
A classe média na América Latina aumentou em 50% na primeira década do século XXI, de 103 milhões de pessoas para 152 milhões, segundo um informe do Banco Mundial (BM).
O informe, apresentado em Washington, pelo presidente do organismo internacional, Jim Yong Kim, especifica também que esta conquista se deve ao crescimento sustentável na região durante os últimos anos, o qual, apesar da crise econômica internacional, permitiu aumentar o tamanho da classe média.
O informe revela que alguns dos fatores mais importantes para favorecer a mobilidade ascendente na América Latina são: maior nível de emprego formal, mais pessoas vivendo em áreas urbanos, e, sobretudo, mais mulheres na força de trabalho e uma diminuição do tamanho das famílias. Especificou-se que a região é uma das poucas “senão a única” que está vendo sua classe média crescer.
Com estes números, a classe média compõe 30% da população da América
Latina, e em alguns países como Brasil, Colômbia e México, os progressos
são notáveis.
O BM considera – neste informe – que um cidadão de classe média é aquele
que cobra ao menos 10 dólares por dia (3.650 dólares por ano por pessoa)
e cuja probalidade de cair na pobreza seja inferior a 10%.
Segundo explica o BM, situando o limite de pobreza moderada para a região em 4 dólares ao dia – como costuma fazer a instituição -, 30,5% da população vive abaixo desta cota de renda, e 37,5% vive entre a pobreza e a classe média (4-10 dólares por dia), os considerados “vulneráveis”.
A América Latina é uma “região de renda média em vias de se converter
em uma região de classe média”, mas a proporção deste setor populacional
é a mesma que a dos que estão em situação de pobreza (um terço da
população), de forma que “ainda resta caminho para percorrer”...