Geleiras em retrocesso na América Latina

Geleiras em retrocesso na América Latina


As geleiras tropicais estão retrocedendo mais rapidamente do que as do Himalaia. Para o tempo de vida de uma geleira, um quarto de século é como um abrir e fechar de olhos, mas nos últimos 25 anos se viu uma grande transformação das geleiras nos trópicos. O seu desaparecimento iminente terá implicações desastrosas para a sociedade humana.

Os geólogos dizem que o ritmo em que estão se retirando as geleiras da América Latina está aumentando. Há 2.500 km2 de geleiras nos Andes tropicais (70% no Peru, 20% na Bolívia, o resto na Colômbia e Equador). Desde o início de 1970, calcula-se que sua superfície se reduziu entre 20 e 30%, e que o reduto de gelo de Quelccaya, na Cordilheira Branca, está perdendo uma terça parte da sua área. Algumas das geleiras menores da Bolívia já desapareceram. Um estudo do Banco Mundial prevê que, em 10 anos, muitas das menores geleiras dos Andes só poderão ser encontradas em livros de geografia.

Esta é uma preocupação particular para o Peru. As populações que vivem em zonas costeiras áridas, incluída Lima, dependem, de maneira crítica, do abastecimento de água das geleiras.

Peru, em 1970: 1.958 km2; em 2006: 1.370 kms2

Bolívia, em 1975: 562 km2; em 2006: 396 km2

Equador, em 1976: 113 km2; en 2006: 79 Km2

Colômbia, em 1950: 109 km2; em 2006: 76 km2

Venezuela, em 1950: 3 km2; em 2006: 2 km2