Ordem urgente para deter a extinção das abelhas - um exemplo a partir da Colômbia
John Montaño
O Primeiro Tribunal Criminal do Circuito com Funções de Conhecimento de Cartagena, ordenou ao Estado colombiano, à frente de suas principais entidades ambientais, agrícolas e de saúde, que em caráter urgente seja detida a extinção das abelhas no país e se promovam políticas de prevenção ambiental e busca das causas, que afetam a sobrevivência destes agentes polinizadores.
O tribunal ordena também a todas as outras
entidades nacionais a promoção de estudos científicos, incluindo a institucionalização de prêmios de pesquisa sobre as abelhas, a realização de fóruns e simpósios sobre esses insetos, bem como a análise de legislação estrangeira sobre proteção de abelhas e gerar uma excelente promoção na mídia nacional, visando sensibilizar e socializar os concidadãos sobre a importância da conservação dos agentes polinizadores e especialmente das abelhas.
Esta decisão histórica é uma resposta a uma tutela
levantada pelo advogado Joaquín Torres contra
o Estado colombiano, à frente das autoridades
ambientais e de agricultura, devido à extinção
silenciosa das abelhas que, segundo o advogado Torres, "é a extinção da própria vida".
«Sem abelhas, nossa existência nesta terra é
quase impossível. A mais extrema ignorância, somada à infeliz estigmatização social de serem animais perigosos, e o mais aberrante desinteresse
pela importância inestimável que têm, geraram
cessação total das atividades humanas para garantir
a preservação das abelhas.
Desde o ano 2000, principalmente na Colômbia,
os apicultores (pessoas que se dedicam à manutenção de colmeias de abelhas para a extração de mel, pólen e gelatina), vêm relatando a mortandade das colônias de abelhas», disse o advogado Joaquín Torres.